A
greve de motoristas e cobradores
do transporte coletivo de Belo Horizonte e de outros municípios da
região metropolitana da capital mineira entrou no segundo dia afetando
mais de 1 milhão de pessoas. Os transtornos devem continuar ao menos
nesta terça-feira, já que a greve foi decretada por tempo indeterminado,
não foram feitas novas negociações e
há um impasse entre patrões e trabalhadores. Uma reunião no fim da manhã desta terça-feira pode retomar as negociações.
De acordo com a BHTrans, todas as viagens previstas para partir nesta
terça-feira da estação Diamante e da estação Barreiro não saíram. A
empresa informa que a partidas das estações de Venda Nova, São Gabriel e
Vilarinho estão sendo cumpridas.
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Mais de um milhão de pessoas foi prejudicada com greve de ônibus em Belo Horizonte |
Os trabalhadores reivindicam 49% de reajuste nos salários, folhas de
tíquete-alimentação de R$ 15, a instalação de banheiros femininos nos
pontos finais e participação nos lucros e resultados (PLR). O Sindicato
das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH),
por sua vez, ofereceu reajuste de 13% no salário dos motoristas e
trocadores, com aumento de 20 minutos diários na jornada de trabalho, e
de 9% para o pessoal da manutenção e administração; ou aumento de 6% sem
alteração na jornada, além de abono de R$ 150 para quem ganha até R$ 1
mil e de R$ 300 para quem recebe acima desse valor.
O Setra-BH afirmou que vai entrar com dissídio de greve no Tribunal
Regional do Trabalho (TRT). Segundo sua assessoria, a entidade alega que
a paralisação é ilegal porque não houve resposta sobre a última
proposta nem comunicação sobre a greve com antecedência de 72 horas. Já a
BHTrans informou que notificou os concessionários e que pode puni-los
porque é "obrigação de cada um manter reserva técnica suficiente para
atender os níveis de serviços e elaborar e implementar esquemas de
atendimento emergencial à população".
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iG São Paulo